No julgamento de Cláudia Tavares, acusada de assassinar o marido Valdemir Hoeckler, uma amiga próxima trouxe relatos que reforçam a versão de violência doméstica. Em depoimento, Diana Maria Pitt contou que a ré conviveu por anos com agressões físicas e psicológicas, além de um clima constante de medo. Segundo ela, Valdemir era controlador e ciumento, chegando a vigiar os passos da esposa e até segui-la quando ia à igreja.
A testemunha relembrou um episódio marcante, quando a filha do casal ainda era criança. Na ocasião, Valdemir teria segurado Cláudia pelo pescoço, sendo necessário que Diana interviesse para evitar uma tragédia. Ela relatou ainda que a amiga aparecia frequentemente com manchas pelo corpo, mas nunca admitia que eram resultado de agressões, o que, segundo a testemunha, demonstrava o medo que sentia do marido.
Essas declarações se somam à linha de defesa, que busca mostrar um histórico de abusos sofridos por Cláudia ao longo de mais de duas décadas de relacionamento. A ré responde por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Conforme a denúncia, ela teria dopado, amarrado e asfixiado Valdemir, escondendo o corpo em um freezer. O júri popular continua ouvindo testemunhas antes da decisão final dos jurados.