O governo do Rio Grande do Sul declarou estado de emergência em saúde animal por 60 dias em 12 municípios após a detecção do vírus da gripe aviária em uma granja de Montenegro, onde cerca de 17 mil aves morreram. Além disso, o vírus foi identificado em aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul. Como medida preventiva, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) rastreou e determinou a destruição de ovos para incubação provenientes da granja afetada, localizados em Minas Gerais, Paraná e no próprio Rio Grande do Sul. Esses ovos, destinados à reprodução de aves, não são para consumo humano, e não há evidências de contaminação.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destacou que este é o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves comerciais no Brasil, representando uma nova etapa na presença do vírus, anteriormente restrito a aves silvestres e de criação caseira. A FAO enfatiza a necessidade de ações coordenadas entre os países da região para conter a propagação do surto, proteger a saúde animal e fortalecer os sistemas agroalimentares. Apesar das medidas de controle, o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro, especialmente quando bem cozidos, e o risco de infecção humana é considerado baixo.