O deputado Neodi Saretta celebrou, em pronunciamento hoje (24), na Tribuna da Assembleia Legislativa (Alesc), a decisão do Ministério da Saúde de ampliar o acesso à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres a partir dos 40 anos de idade (antes era a partir dos 50 anos), mesmo sem sinais ou sintomas de câncer.
Segundo ele, a medida representa um avanço fundamental na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama, já que quase um quarto dos casos da doença no Brasil ocorre justamente nessa faixa etária.
“É uma iniciativa que salva vidas, porque amplia as possibilidades de diagnóstico precoce, aumenta as chances de tratamento eficaz e fortalece a rede de atenção à saúde da mulher”, ressaltou Saretta.
Outra mudança destacada pelo deputado é a ampliação da idade limite para o rastreamento ativo. Antes restrita até os 69 anos, a mamografia preventiva, que deve ser realizada a cada dois anos, agora será oferecida até os 74 anos. “A decisão é coerente com a realidade epidemiológica, pois quase 60% dos casos da doença estão entre mulheres de 50 a 74 anos”, explicou.
Situação em Santa Catarina
Saretta chamou atenção para a situação em Santa Catarina, onde os índices são alarmantes. O Estado apresenta a maior taxa de incidência de câncer de mama da Região Sul, com 74,79 casos a cada 100 mil mulheres. Somente em 2023, foram registradas 824 mortes, e entre janeiro de 2023 e setembro de 2024 já são 1.416 óbitos. A previsão é de quase quatro mil novos casos por ano.
“Esses números mostram a gravidade do cenário e a urgência em ampliar o acesso às políticas de prevenção e diagnóstico precoce. Cada barreira de acesso pode significar um diagnóstico tardio e menor chance de cura”, alertou.
O deputado reiterou que quando o câncer de mama é detectado em estágios iniciais, as possibilidades de sucesso no tratamento são muito maiores, reduzindo também os impactos físicos, emocionais e financeiros para as mulheres, suas famílias e para todo o sistema de saúde.
Para Saretta, a ampliação do rastreamento para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas, e a extensão até os 74 anos representam muito mais que uma atualização técnica. “É uma resposta concreta à realidade epidemiológica que vivemos. É salvar vidas, garantir dignidade e fortalecer o SUS como patrimônio do povo brasileiro.”
O parlamentar concluiu classificando a medida como uma conquista histórica da saúde pública, sobretudo uma vitória das mulheres brasileiras, reforçando o compromisso de seguir defendendo iniciativas que ampliem o acesso, reduzam desigualdades e salvem vidas.