No julgamento de Claudia Tavares, acusada de matar o marido Valdemir Hoeckler e ocultar o corpo no freezer, uma amiga de longa data prestou depoimento impactante. Marcilene Trentin relatou ter visto marcas de agressão no corpo de Claudia, o que comoveu a ré a ponto de ela sair do plenário por alguns minutos.
Outra testemunha de defesa, Raquel Chaves, amiga de Claudia há mais de 20 anos, contou que presenciou várias situações de violência física e verbal no relacionamento do casal. Segundo Raquel, ao tentar defender Claudia em uma dessas ocasiões, ela própria quase foi agredida por Valdemir. Relatou ainda que ele tinha comportamento controlador e possessivo, e que dava tapas, socos, fazia xingamentos e humilhações e impunha severas restrições à liberdade da esposa.

Raquel também afirmou que Claudia chegou a registrar boletim de ocorrência e pedir medidas protetivas, mas acabou retirando as denúncias sob pressão de ameaças e promessas de mudança por parte de Valdemir. A defesa de Claudia sustenta que ela vivia em um relacionamento marcado por violência doméstica prolongada e privação de convívio familiar, argumento que busca demonstrar no júri.