O julgamento de Cláudia Fernanda Tavares, acusada de matar o marido Valdemir Hoeckler e ocultar o corpo em um freezer na casa da família em Lacerdópolis, ganhou um capítulo decisivo nesta quinta-feira (28) em Capinzal. A acusação anunciou que irá apresentar aos jurados o próprio eletrodoméstico usado para guardar o corpo da vítima, considerado o principal elemento da investigação e símbolo da brutalidade do caso que chocou a região e repercutiu em todo o país.
De acordo com o Ministério Público, a presença do freezer no plenário tem o objetivo de reforçar a materialidade do crime e impactar os jurados, mostrando de forma concreta como ocorreu a ocultação do cadáver. O equipamento foi transportado até o local do júri sob escolta policial e já está à disposição para ser exibido durante a sustentação da acusação. O promotor responsável pelo caso deve utilizar o objeto como peça central de sua argumentação, destacando a frieza e a tentativa de ocultar provas do homicídio.
A defesa, por sua vez, deve contestar a necessidade da exibição do eletrodoméstico, alegando que a acusada já confessou o crime e que não há dúvidas quanto à sua autoria. O foco, segundo os advogados, deve estar no contexto de violência doméstica em que Cláudia teria vivido por décadas, e que teria motivado a ação em um momento de desespero. A exibição do freezer promete ser um dos momentos mais tensos do julgamento, que segue em Capinzal com grande expectativa da comunidade e da imprensa.