A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (18) mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. A ação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, também incluiu a determinação do uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro, além da proibição de se comunicar com outros investigados, usar redes sociais e manter contato com diplomatas estrangeiros.
As investigações apontam que Bolsonaro e aliados teriam participado de um plano para deslegitimar o processo eleitoral, com estratégias que envolviam o uso das Forças Armadas, ataques às instituições e até propostas de prisão de ministros do Supremo. A Polícia Federal afirma que os fatos configuram crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.
A defesa de Bolsonaro nega as acusações e alega perseguição política, classificando as medidas como abusivas. Em nota, o Partido Liberal (PL) manifestou apoio ao ex-presidente e afirmou que acompanhará o caso de perto. Esta é mais uma etapa da série de ações que vêm sendo desdobradas desde os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A repercussão internacional também foi significativa. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou apoio a Bolsonaro, chamando o processo de “caça às bruxas”. Enquanto isso, o governo brasileiro reafirma o compromisso com a apuração dos fatos e o respeito ao devido processo legal.