A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, pelo segundo mês consecutivo, as contas de luz permanecerão com a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em julho. A medida implica em uma cobrança extra de R$ 6,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, impactando diretamente o orçamento das famílias brasileiras. A justificativa para a manutenção da bandeira está relacionada ao aumento no custo da geração de energia, principalmente pelo acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras.

Segundo a Aneel, os reservatórios das principais hidrelétricas do país registraram níveis abaixo do ideal nos últimos meses, o que obrigou o sistema elétrico nacional a acionar fontes complementares de energia. Essa condição eleva significativamente os custos de operação e, consequentemente, reflete na bandeira tarifária. A expectativa é de que, caso as condições climáticas melhorem, a bandeira possa retornar ao patamar verde nos próximos meses.

A agência reforça a importância do consumo consciente neste período. Dicas como apagar luzes desnecessárias, reduzir o uso de aparelhos de alto consumo — como chuveiros elétricos e ar-condicionado — e aproveitar a luz natural podem contribuir para reduzir o impacto da cobrança adicional. Além disso, consumidores que estão em situação de vulnerabilidade podem buscar informações sobre os programas de tarifa social de energia elétrica.

A bandeira tarifária é um sistema criado para indicar o custo real da produção de energia no país e sinalizar aos consumidores o melhor momento para economizar. Em condições normais, aplica-se a bandeira verde, sem cobrança adicional. Com a bandeira vermelha, no entanto, o alerta é claro: os custos estão elevados e o consumo deve ser moderado. A Aneel continuará monitorando o cenário energético nacional e divulgará mensalmente as condições tarifárias.