Na manhã de quinta-feira, (26), a Polícia Civil de Santa Catarina concluiu parte da fase de investigação referente à queda do balão que pegou fogo e resultou na morte de oito pessoas em Praia Grande. Foi encontrado o extintor de incêndio falho e iniciada a busca pelo maçarico, apontado como provável foco do incêndio que se alastrou rapidamente no cesto da aeronave.
Já foram ouvidos os 13 sobreviventes, além do piloto, do gestor da empresa responsável e funcionários da operadora. A Polícia Civil também reuniu-se com peritos em reconstituição do voo para analisar imagens de vídeo que captaram o momento da queda, o que deve contribuir com o inquérito que tem prazo inicial de 30 dias.
O piloto do balão, identificado como Elves de Bem Crescêncio, afirmou que tentou utilizar o extintor, mas o equipamento não funcionou no momento crítico. A Anac, por sua vez, confirmou que Crescêncio não possuía licença de Piloto de Balão Livre e que a aeronave não estava certificada como exigido para voos comerciais a atuação era enquadrada como atividade esportiva, isenta das regras comerciais da agência.
A tragédia teve um forte impacto no setor de balonismo em Praia Grande. Aproximadamente 70% dos voos previstos foram cancelados, e pilotos da região estão mobilizados, por meio da Avibaq, em busca de autorregulamentação e protocolos de segurança mais claros, enquanto o Ministério do Turismo prepara reuniões com entidades para legitimar normas obrigatórias para essa prática de risco.