O Brasil registrou um crescimento expressivo no número de evangélicos, que agora representam 26,9% da população, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6). Em 2010, esse grupo representava 21,6% dos brasileiros, e em 1890, apenas 1%. Já os católicos, embora ainda sejam maioria, chegaram ao menor percentual da história: 56,7%, número bem distante dos 99,7% registrados em 1872.
A pesquisa revela que o crescimento evangélico é mais acentuado entre os jovens de 10 a 14 anos (31,6%) e 15 a 19 anos (28,9%), e é mais presente nas regiões Norte (36,8%) e Centro-Oeste (31,4%). O estado com maior proporção de evangélicos é o Acre (44,4%), enquanto o Piauí aparece com a menor (15,6%). Quanto à raça/cor, 49,1% dos evangélicos se declararam pardos, 38% brancos, 12% pretos, 0,7% indígenas e 0,2% amarelos.
Além disso, o número de brasileiros sem religião também bateu recorde, atingindo 9,3% da população. Enquanto isso, religiões de matriz africana como umbanda e candomblé triplicaram sua presença. O espiritismo apresentou leve queda, com 1,8% dos praticantes. O IBGE ainda não confirmou se divulgará, como em 2010, a divisão detalhada dentro dos grupos religiosos, como o número de fiéis por denominação evangélica.